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Para melhor aproveitamento do texto, realize a leitura ouvindo a seguinte música:
O quão "grande" nós somos? O quão "pequeno" nós somos? Para uma formiga, nós somos gigantes e para o universo nós somos um ponto. Pensando assim... o que seria uma formiga se somos gigantes para elas e um ponto para o universo?
Perspectivas. Tudo gira em volta dessa palavra. Essa é uma coisa tão importante que até a física leva em consideração.
Se olharmos para a Terra, somos significantes. Nós humanos estamos em todos os continentes, estamos inclusive nos mares, na atmosfera... Até no "nosso" satélite natural já estivemos. Somos tão "significantes" que conseguimos ter a "proeza" de destruir o nosso próprio lar; nosso próprio planeta, mas também construímos e ajudamos. Porém ainda não somos os maiores. Não de tamanho e muito menos de importância...
Se olharmos para o universo, poxa, dizem que ele é infinito. Eu não consigo imaginar o que é infinito. Como podemos pensar em algo sem fim? Prefiro ouvir que ele ainda está em expansão, na minha mente é mais reconfortante, afinal... ele pode expandir até um limite, você não acha? Mas isso não importa muito. Não aqui, no momento e pra gente. Seja "infinito" ou "ainda em expansão até um certo limite", o universo é vasto, é desconhecido e nós sabemos que estamos apenas em mais um planeta no meio de não sei quantos "ões". Pensando assim somos ainda menores do que éramos quando estávamos refletindo apenas na perspectiva da Terra. E a importância, hahaha, pode rir comigo, por favor!?
Quando eu fico pensando nisso, a única coisa que consigo pensar depois é "por que?". Por que estamos aqui? Por que vivemos tantas coisas? Por que sentimos tantas coisas? Por que nos preocupamos com tantas coisas que, até na imensidão minúscula da nossa vida, são bobas?
É engraçado vermos essa perspectiva da nossa vida, você não acha? Pois eu acho, inclusive, importante. No final somos nada. Mas nada é muito. Somos gigantes... somos pequenos... Nessas horas percebo a sorte de ser quem sou. Sabe, no meio de tantas "matérias" por aí, apesar de ser tão minúsculas perto das trocentas galáxias existentes lá fora, eu estou aqui! Eu penso, eu sinto, eu me emociono diariamente, eu estou aqui escrevendo esse texto sobre um pensamento esquisito. Tudo por... sorte? Coincidência? Destino? Deus? Não sei. Apenas consigo compreender que é uma loucura ter ocorrido algumas reações bioquímicas e estas justamente deram a vida para mim, algumas outras reações ocorreram e deram a vida justamente para você, caro leitor. É assim que funciona.
Quando percebo o tão insignificante nós somos, quando percebo o tanto de sorte que é se sentir vivo, percebo imediatamente que aquelas preocupações que me tiram o sono são idiotas. Contas. Dinheiros. Trabalho chato. Vestibular. Roupa da estação. Carro dos sonhos. Tudo isso são apenas criações humanas para distrair, nos iludir e para tentar fazer um sentido em algo que chamamos de "rotina". E é apenas tentar pois essas coisas não são a vida. A vida é mais que isso e menor que isso.
Pare e pensa o tão complexo é o seu coração estar batendo nesse exato momento. Pensa o tão louco é x hormônio ser liberado e te deixar calmo quando você abraça alguém especial. Pensa o tão imenso é você olhar para alguém e sentir a felicidade. Pensa o que é rir, o que é chorar, amar, sonhar... Isso é a vida. Agora, pare e pensa o tão simples é achar bonita aquela flor no meio de um jardim qualquer, pensa o tão pequeno que é dormir ouvindo a chuva cair. Pensa o que é pisar em folhas secas, observar o seu animal de estimação brincar, ouvir a sua música preferida... Isso que é a vida.
Compreende, leitor? Compreende o que é a vida? Ela é aquilo de mais imenso e complexo mas também é aquilo de mais simples e pequeno que está presente no nosso dia-a-dia. A vida “são momentos”, “são sentimentos”, “são sensações”... A vida é gigante e pequena... como a gente. A gente é vida?
Ana Cristina Rocha