Resenha: "Absorvendo o Tabu", um documentário que levou a menstruação ao Oscar
Olá, pessoal! Tudo bem? Em uma das minhas buscas por "coisas para assistir" na Netflix, encontrei um documentário curta-metragem indiano ganhador de Oscar que fala sobre menstruação e o tabu por volta desse assunto. Eu não pensei duas vezes e apertei o play para assistir "Absorvendo o Tabu". Agora estou aqui para falar o que pensei, senti e interpretei... Vamos para a resenha?
Sinopse (Netflix)
Na Índia rural, onde o estigma da menstruação persiste, mulheres produzem absorventes de baixo custo em uma nova máquina e caminham para a independência financeira.Trailer
Com apenas 26 minutos, Absorvendo o Tabu, nos leva à uma Índia Rural, onde a menstruação é entendida como algo "sujo" e é motivo de vergonha para muitas mulheres. O tabu é tanto que mulheres não conseguem empregos, algumas preferem até mesmo não sair de casa quando estão menstruadas, devido às roupas manchadas de sangue; há templos em que mulheres não podem entrar devido a "sujeira" da menstruação. O documentário começa mostrando a relação dessa sociedade com a menstruação, fica evidente a vergonha das pessoas entrevistas quando o assunto é citado, de alguma forma.
Netflix |
Pensando nesses problemas citados, uma máquina é desenvolvida para a fabricação de absorventes com baixo custo e biodegradáveis. O foco principal do documentário é mostrar como a chegada dessa máquina transforma a vida das mulheres desses vilarejos. As consequências vão além da acessibilidade, higiene, saúde e das conversas sobre menstruação... Essa é uma oportunidade daquelas mulheres conseguirem uma independência financeira, empoderamento, empreendedorismo feminino e união entre elas.
Netflix |
O filme foi indicado em vários festivais de cinema, inclusive, ganhou na tão conhecida e sonhada premiação, o Oscar, na categoria melhor documentário curta-metragem, em 2019. Sim, um filme dirigido e produzido por mulheres, que fala sobre mulheres e sobre menstruação ganhou um Oscar! Apesar de não ter recebido o devido destaque na mídia, essa colocação é extremamente importante para a representatividade feminina no cinema, para a luta contra o pudor do ciclo menstrual, e, claro, é mais um passo feminino em meio a um mundo machista.
Até a próxima,
Ana Cristina Rocha
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