Resenha do filme Agnus Dei
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Trailer
Apesar das diferenças na cultura, nas crenças e os dogmas da sua igreja, a irmã polonesa Maria (Agata Buzek) procura por um médico na base da cruz vermelha francesa, encontrando assim Mathilde Beaulieu (Lou de Laâge). Mathilde é uma jovem médica que está em uma missão para ajudar nos cuidados dos soldados franceses que sobreviveram a Segunda Guerra Mundial. Mesmo com a sua função especifica, a francesa decide ajudar a religiosa polonesa, assim, ela realiza um difícil e desafiante parto de uma jovem que está no convento da cidade. Ao retornar para verificar a recuperação da sua nova paciente, Mathilde percebe que aquela não era a única freira grávida no local e descobre o segredo daquele lugar: durante a guerra, o convento foi invadido por soldados soviéticos que estupraram as irmãs, engravidando-as e transmitindo sérias doenças como a sífilis. Tocada pela situação, a jovem francesa resolve ajudar, secretamente, as freiras polonesas, enfrentando choques culturais e problemas com os seus superiores franceses.
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Agnus Dei, Les Innocentes título original em francês, não é um drama “mamão com açúcar”. É um filme pesado, com uma temática que deve ser discutida, analisada e refletida. Baseado nas experiências da médica francesa Madeleine Pauliac, as cenas e roteiros mostram tanto os conflitos culturais, entre a independente francesa cética e as freiras que devem seguir à risca vários dogmas em nome da fé, tanto os conflitos pessoais, [cuidado, spoilers] como o da médica que não sabe muito bem qual o seu propósito e o seu destino, as irmãs que começam a questionar a sua fé, as que se sentem culpadas por terem “violado” as suas castidades e tem aquela que tenta resolver o problema com a sua própria mão e assim espera proteger a reputação do lugar que vive[fim dos spoilers]. Além disso, o filme aborda a culpa, vergonha e outros sentimentos que são comuns em vítimas de estupros, mostra também o quanto algum acontecimento, que não temos controle em nossa vida, pode mudar as nossas opiniões, visões e atitudes.
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Dirigido por Anne Fontaine, Agnus Dei possui uma fotografia bonita, em contraste da sua triste história, e clássica com enquadramentos típicos do cinema. Na parte técnica e artística das cenas, o que mais me chamou a atenção foi a coloração predominantemente fria, de modo que os sentimentos transmitidos pelo roteiro são intensificados, ou seja, ajuda-nos a sentirmos as tensões e tristezas dos momentos e personagens. Além disso, observei que existem bastante o contraste entre o branco e o preto, o que na minha opinião é o contraste da pureza e o da tragédia que o filme retrata.
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Tenho que ressaltar duas coisas, a primeira são as atuações das atrizes: impecáveis, sensíveis. Senti que a escolha das atrizes foi um trabalho realizado com cuidado. Além de talentosas, as atrizes possuem uma beleza incrível que, na minha opinião, ressaltam a delicadeza daquelas personagens. A segunda atenção é na tocante trilha do Grégoire Hetzel, ela cumpre muito bem “o seu papel de trilha no cinema” e completa as cenas com emoção.
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Beijos e até a próxima,
Ana Cristina Rocha
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